31.8.14

Forte Txoritokieta






















Concerto do grupo punk "Absurdo" no Forte Txoritokieta, perto de Donostia, País Basco.
Construção Carlista abandonada do final do sec XIX...

Rota de antigas fortificações carlistas

blog de um caminheiro pedestre








11.8.14

península ibérica

1/15/14 at 4:55 PM 


Tudo isto se mistura com uma relação afectiva em geral.. que não sei explicar muito bem. (again estupada da identidade) Daí vem a península.. a perspectiva, a portugalidade, o facto de gostar do alentejo e continuar a gostar quando se passa a fronteira. Nem quero discutir fronteiras, ou quero, mas não com as cartilhas de sempre. Acho muita graça à relação das pessoas do porto, minho e trás-os-montes com os galegos, talvez seja naif, mas apercebo-me de tantas relações que são de pura empatia.. talvez porque se tratam como regiões e não como países. E o português que se fala na fronteira em trás-os-montes quase não se distingue do galegó-qualquercoisa que se fala pra lá da fronteira. Daí vinha também o interesse em Cambedo da Raia (2º post no blog), podemos falar disso depois. Bom, isto não é para questionar nada, mas é uma espécie de constrangimento por sentir que ali já não me pertence. Uma vez ouvi o frank zappa dizer que não era particularmente patriótico em relação aos estados unidos mas que lhes reconhecia uma vantagem quando comparando com a europa, porque sentia que naquela imensidão de território, podia chegar à outra ponta do continente e continuar a sentir-se em casa e que os franceses olham para os países vizinhos mesmo ao lado e dizem ide-vos foder, isto vale o que vale e é erróneo em parte (então quando começa a aparecer o méxico, esquece) mas pensei que havia de qualquer coisa de curioso na afirmação. Será mesmo a língua a puta da pátria??? Uma grande ibéria seria necessáriamente broken, sim. Mas quero aprofundar os majos e as majas, perceber o que quer o antónio sardinha e de que é feito o nacionalismo português, está-me a interessar a questão basca, nacionalismo fabricado e os bascos que se estão a cagar para españa e para euskadi e andam a patinar ali no meio. E por fim, apetece-me a música, a televisão e os livros e essas coisas na península. Criar legendas..

novela de Belchite

1/15/14 at 4:55 PM

Mas pensei numa novela para Belchite..  Belchite é a capitulação da revolução e da guerra, mesmo a final...  Tem um sub-texto incrível. Aquilo não interessava para nada, o que interessava era Zaragoza, mas o exército popular precisava de uma vitória fácil e rápida para consolidar a sua posição (militarizar as milícias e as colunas no seu regimento e acabar com a destabilização, foi o que na pequenez dos eventos se proporcionou...). Aqui entra faca e alguidar, sangue e lágrimas.. generais que não querem ser generais.. enfim...

CNT

o sentido de oportunidade
a institucionalização da estrutura
o pré nomes para as coisas - (playground antes)
o trabalho dos sindicatos
a hist. da cnt
a poética do falhanço


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1/15/14 at 4:55 PM

Eu acho que a cnt criou coisas muito interessantes, identifico-me. Só que a partir daqui queria inverter o exercício e lutar um pouco contra essa identificação, e é um caldo enorme.. aquilo cai tudo aos bocados.  Para começar, sendo uma estrutura anti-poder ganhou imenso poder... e teve que escolher: virar leninista (as in: aproveitar movimentos de base e criar chefias sólidas) ou agoniar com as suas próprias contradições. E foi que aconteceu: agoniou com as suas próprias contradições, porque não era possível outra maneira. O que isso representa para mim é uma fuga na história, é mesmo um gap. Tem um lado absoluto de inaptidão, essa bela palavra. No dia do levantamento, quando o golpe foi travado em Barcelona, o presidente da Generalitat chamou os chefes da cnt e disse: "meus amigos a cidade é vossa, vou bazar" e os gajos recusaram mandar naquilo, parece uma comédia de adolescentes que dizem para eles próprios "bem, nós não queriamos o poder, portanto, agora e quê?..." Claro que toda a pureza ideológica foi ao ar, mas foi de uma maneira disfuncial, bruta, cheia de discussões. Os milicianos não deixavam de disparar mas estavam sempre voltados para trás a opinar sobre a sua organização ...  É um caos. 

o estado do mundo

as revoltas de 1820's; 30's; 50's
comuna de Paris
internacionais
o mundo (outras revoluções)

5.8.14

Nacionalismo 1

2 de Janeiro de 2014 às 21:03

* Os nacionalismos...  (aqui vou aproveitar a confiança para vomitar um bcadinho de novo) hmm.. é um contínuo (sujo e perigoso) que gostaria de manter em lume brando. Se calhar vou ficar a ver-te caminhar até aos Balcãs.. depois encontramo-nos. Mas pelo menos há umas coisas a distinguir.. começando pelas palavras. Nacionalismo não tem nada a ver com inscrição num determinado lugar!! Eu até posso gostar do meu país, enquanto território, enquanto síntese cultural, língua, bló bloh etc.. mas nacionalismo é o absoluto da nação, é os outdoors eleitorais que dizem: por portugal; é o mesmo que nada, não quer dizer nada. Dito isto, o facto é que fico obcecado.. queria destruir as divisões, mas depois fica-se com o quê? Amuo com as referências, distinções a portugal e espanha em todo o lado, quão ridículo fico também?! Mas bom, falámos um bocadinho disso no Camões. Queria tentar uma análise de diferenças dentro do bloco peninsular, das relações das diferentes regiões e condições históricas, e explorar o negrume disso tudo. É aí que queria que entrasse o Integralismo Lusitano e o António Sardinha, as teorias da ultra-direita sobre os desígnios da península, e de passagem enxuvalhar o fascínio baboso dos agostinhos das silvas de pacote: "quão genial é a ideia de portugal.." e outras masturbações constrangedoras. Enfiiiiiim.. talvez tudo isto seja psicoterapia, a mim, não a portugal. É algures por aqui também que vejo a relação RB X TJ... 

* Reforma protestante (Inferno 1)

01/01/14 04:36 PM
 
Isto é mesmo uma nota de roda pé, mas faz uma diferença em termos culturais, e é mesmo visível entre países nórdicos e sulistas. Quando o M. Luther inicia a reforma protestante (algures no séc xvi), uma coisa fenomenal acontece, que é o levantamento da culpa em relação à acumulação de riqueza e a introdução de uma espécie de dever. Se fizeres o teu "dever" (trabalho), mereces ser rico (és abençoado), e portanto já não estás em pecado e portanto já não vais arder no inferno por toda a eternidade (o que é mais simpático). Isto é doutrinal, claro, na prática a coisa é mais complexa. Este levantamento da culpa (uma verdadeira sofisticação do sistema), cria uma certa paridade entre os "crentes", e muda a relação com o trabalho e com o dinheiro (que segundo o Max Weber - que eu nunca li - é uma das direcções para o capitalismo). A outra coisa fenomenal que o M. Luther vai fazer é a tradução da bíblia do latim para o alemão corrente, a "democratização" do texto sagrado..e aqui quebra-se também o mistério, o maravilhoso da coisa (que está profundamente ligado à ignorância), e com isto os horrores do inferno, a penalização e muito desse imaginário. É mesmo diferente o inferno do norte, do inferno do sul, por exemplo..à mon avis este tipo de questões, que estão completamente embrenhadas no tecido cultural, definem espaços imaginários e contra-campos. Vou dizer isto outra vez: a ibéria tem um inferno/hades/isso do caraças..no geral, o mediterraneo.
Y qué buena es la tierra de mi huerto!:
hace un holor a madre que enamora 
mientras la azada mia el aire dora
y el regazo le deja pechiaberto.
 
Me sobrecoge una emoción de muerto
que va a caer al hoy en paz, ahora,
cuando inclino la mano horticultora 
y detrás de la mano el cuerpo incierto.
 
Cuándo caeré, cuándo al regazo
íntimo y amoroso, donde halla
tanta delicadeza la azucena?
 
Debajo de mis pies sinto un abrazo,
que espera francamente que me vaya
a él, dejando estos ojos que dan pena.
 

Rick, the secret sentimentalist...


4.8.14

Couperin - Les Barricades mysterieuses






En deux disques et 36 plages, musiciens, chanteurs, écrivains, acteurs s’interrogent et créent à partir de l’histoire de Buenaventura Durruti, une dédicace sans nostalgie et pleine d’actualité. 

Participation d’Abel Paz, auteur de Buenaventura Durruti, un anarchiste espagnol.